Mandados de busca e prisão foram cumpridos nesta quarta (5) contra alvos ligados a fraudes milionárias em contratos públicos. Esquema liderado por Claudinho Serra teria continuado mesmo com tornozeleira eletrônica e medidas cautelares

O cerco do Ministério Público de Mato Grosso do Sul se fechou novamente em Sidrolândia nesta quarta-feira (5), com a deflagração da 4ª fase da Operação Tromper. A ação, conduzida pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco e forças táticas da Polícia Militar, teve como alvos a ex-secretária municipal de Esportes, Arielle Souza Ferreira, e o engenheiro civil Jônatas Kachorroski, sócio de uma empresa de engenharia, arquitetura e consultoria no município.
Os dois foram alvos de mandados de busca e apreensão. Procurada, a defesa de Arielle, representada pelo advogado Higor Carvalho, informou que ainda não teve acesso à decisão judicial e que irá se inteirar do processo. Já a defesa de Kachorroski não foi localizada pela reportagem.
Além desses nomes, mandados de prisão também foram cumpridos em residências de ex-servidoras, uma delas localizada no bairro São Bento, e em uma oficina mecânica no município.
A ofensiva faz parte do aprofundamento das investigações que apontam para o pagamento de propina milionária e fraudes em contratos públicos, especialmente nas áreas de engenharia e pavimentação asfáltica. O Ministério Público afirma que, mesmo após as fases anteriores e a aplicação de medidas cautelares, o grupo criminoso continuava operando com contratos públicos.
O esquema, segundo o MPMS, seria liderado por Claudinho Serra, ex-secretário municipal de Fazenda de Sidrolândia e ex-vereador de Campo Grande. Preso em abril deste ano durante a 3ª fase da operação, Claudinho ficou 23 dias detido e foi solto com tornozeleira eletrônica. Agora, voltou a ser preso com novos elementos reunidos pelos investigadores.

A operação desta quarta-feira contou com o reforço operacional do Bope, Batalhão de Choque, Força Tática da PM e a Assessoria Militar do MPMS, destacando a gravidade e a dimensão da rede investigada.
O Ministério Público segue colhendo provas que indicam ocultação e dissimulação de recursos ilícitos, em um esquema que movimentou valores milionários e envolveu agentes públicos e empresários. A 4ª fase da Tromper revela que, apesar das investigações em curso, os envolvidos continuaram a agir nos bastidores da máquina pública de Sidrolândia.
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Foto : Divulgação
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