CORRUPÇÃO

Preso de novo, Claudinho Serra tenta sair da cadeia enquanto escândalo de corrupção em Sidrolândia só aumenta

Acusado de ser mentor do esquema que desviou milhões da Prefeitura de Sidrolândia, ex-vereador recorre à Justiça para tentar liberdade após nova prisão na 4ª fase da Operação Tromper

A novela da corrupção em Sidrolândia ganhou mais um capítulo: preso novamente na 4ª fase da Operação Tromper, o ex-vereador e ex-secretário Claudinho Serra (PSDB) agora tenta mais uma cartada na Justiça para sair da cadeia. A defesa já protocolou um novo pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul nesta semana.

Acusado de ser o cabeça do esquema que sangrou os cofres da Prefeitura de Sidrolândia com contratos fraudulentos e pagamentos milionários a empreiteiras amigas, Claudinho Serra foi preso na semana passada em seu apartamento de luxo, no centro de Campo Grande, junto com o braço direito Carmo Name Junior e o empresário Cleiton Nonato Corrêa.

Ao todo, a força-tarefa do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Gecoc e Gaeco cumpriu três mandados de prisão e outros 29 de busca e apreensão em Campo Grande e Sidrolândia. A 4ª fase da Tromper também atingiu servidores da Prefeitura de Sidrolândia, ex-secretários e até a própria família de Claudinho: a esposa e ex-secretária Mariana Camilo de Almeida Serra, filha da ex-prefeita Vanda Camilo.

O escândalo vem se arrastando desde abril de 2024, quando a 3ª fase da Tromper já havia colocado o ex-vereador atrás das grades pela primeira vez. As investigações revelaram um verdadeiro balcão de negócios dentro da Prefeitura de Sidrolândia: contratos públicos manipulados, propinas de 10% a 30% sobre os valores contratados e desvios que somam mais de R$ 34 milhões.

Segundo o Ministério Público, Claudinho chefiava a organização enquanto ocupava a poderosa Secretaria de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica do município, cooptando servidores e empresários para sustentar o esquema.

As delações de ex-integrantes do grupo, como o ex-servidor Tiago Basso da Silva, detalham a engrenagem de corrupção que atingiu áreas sensíveis da administração municipal: do abastecimento da frota oficial aos repasses da Fundação Indígena, passando até por obras no Cemitério Municipal.

Tiago Basso da Silva durante delação premiada (Foto:Reprodução)

Agora, com a nova tentativa de Habeas Corpus em análise na 2ª instância, Claudinho tenta mais uma vez escapar da cadeia. Enquanto isso, o rombo e o número de envolvidos só crescem — e a população de Sidrolândia assiste a mais um episódio de um escândalo que ainda está longe do fim.

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Foto : Divulgação

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