CORRUPÇÃO

MP é contra soltura de empresário preso na Tromper: “Voltaria a delinquir”, diz promotora

Justiça de Sidrolândia analisa pedido de liberdade de Ueverton “Frescura”, apontado como membro ativo do esquema de corrupção revelado na Operação Tromper; ação penal já está pronta para sentença.

Ueverton da Silva Macedo, conhecido como “Frescura”, segue preso enquanto aguarda a decisão da Vara Criminal de Sidrolândia sobre o pedido de revogação de sua prisão. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul se manifestou de forma contrária à soltura do réu, que é um dos sete acusados na segunda fase da Operação Tromper.

Segundo parecer da promotora Bianka M. A. Mendes, Frescura representa risco à ordem pública. “Caso posto em liberdade neste momento processual, voltaria a delinquir, colocando em grave risco a segurança pública”, afirmou. Ela ainda destacou que, mesmo investigado em fases anteriores, o empresário voltou a praticar atos ilícitos, integrando o núcleo da organização criminosa.

A defesa de Frescura, feita pelo advogado Fábio de Melo Ferraz, argumenta que a prisão já não se justifica, uma vez que o processo está em fase final, e a liberdade do réu não comprometeria mais as investigações. No entanto, o MP vê a manutenção da prisão como essencial para assegurar a eficácia da ação penal.

A Operação Tromper, deflagrada pelo Gaeco, revelou um esquema milionário de fraudes em licitações públicas na Prefeitura de Sidrolândia, que teria funcionado entre 2017 e 2022. O principal articulador seria o ex-secretário de Fazenda, Claudinho Serra (PSDB), genro da então prefeita Vanda Camilo (PP). Claudinho também é réu e apontado como chefe da organização.

A ação penal envolvendo Frescura e outros seis acusados já está conclusa para sentença. Além dele, respondem ao processo empresários e dois servidores públicos. Um dos investigados firmou delação premiada e teve o processo suspenso. Outro ex-secretário, Carlos Alessandro da Silva, acabou se livrando da acusação.

As investigações revelaram que empresas eram contratadas mesmo sem estrutura ou experiência para executar os serviços, sendo beneficiadas com contratos milionários, enquanto terceirizavam os serviços de maneira irregular. Documentos e concorrentes eram fraudados para garantir a vitória nas licitações, num esquema que drenou recursos públicos da cidade.

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Foto: Divulgação

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