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Ministério investiga suspeita de gripe aviária em interior de MS

Caso ocorre em meio a outras apurações pelo país; autoridades destacam protocolos robustos e tranquilizam sobre riscos sanitários

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciou uma investigação sobre um caso suspeito de gripe aviária em uma criação doméstica de subsistência no município de Angélica, distante cerca de 272 quilômetros de Campo Grande. A apuração ocorre no contexto de outras nove investigações similares em andamento pelo país, além de dois casos já confirmados no Rio Grande do Sul.

As investigações conduzidas pelo Mapa seguem protocolos rigorosos, incluindo a coleta de amostras para análise laboratorial no laboratório oficial do Ministério, localizado em Campinas (SP). De acordo com o Mapa, o diagnóstico conclusivo só ocorre após avaliação clínica e epidemiológica feita por médicos-veterinários oficiais.

O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold, destacou que o aumento nas notificações é esperado em cenários de emergência sanitária e reforçou que o órgão estadual está preparado para atuar com agilidade e transparência. “Todo o material coletado é encaminhado ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária, localizado em Campinas (SP), para diagnóstico conclusivo”, reforçou Ingold.

O último caso confirmado de gripe aviária em Mato Grosso do Sul foi registrado em 2023, na cidade de Bonito. Já em 2025, o Brasil contabilizou dois casos confirmados: um em uma criação comercial e outro envolvendo uma ave de vida livre. O caso ocorrido em uma granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul, provocou a suspensão das exportações brasileiras de carne de frango para importantes mercados internacionais, como a China.

Preocupações e biossegurança


Em Mato Grosso do Sul, as autoridades sanitárias afirmam que o sistema de biossegurança animal está consolidado e é considerado suficiente para mitigar os riscos da doença. No entanto, ressaltam a necessidade contínua de reforço na formação e qualificação dos produtores, especialmente em práticas de vigilância e prevenção.

Apesar da suspensão imposta por mercados internacionais, como a China, as plantas frigoríficas do Estado seguem operando normalmente, com a expectativa de direcionar parte da produção para o mercado interno. A maior oferta no mercado doméstico pode, inclusive, impactar os preços e o consumo local.

As autoridades estaduais e o Mapa descartam, por ora, medidas drásticas como barreiras sanitárias entre estados, preferindo adotar a regionalização dos bloqueios comerciais para evitar prejuízos desnecessários à cadeia produtiva. A situação segue monitorada de perto, com ações conjuntas entre órgãos federais, estaduais e produtores rurais.

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Foto : Agência Brasil

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