CORRUPÇÃO

Justiça mantém Claudinho Serra e outros dois presos por pelo menos 90 dias após 4ª fase da Operação Tromper

Decisão da Vara Criminal de Sidrolândia determina prisão preventiva de ex-vereador, braço-direito e empresário acusado de ser “laranja” em esquema de corrupção que desviou milhões em contratos públicos

O ex-vereador de Campo Grande, Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o Claudinho Serra, seguirá preso por pelo menos 90 dias, conforme determinação da Vara Criminal de Sidrolândia. A decisão foi tomada após as audiências de custódia realizadas com os três presos na 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada na última quinta-feira (5) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio do Gecoc e forças policiais especializadas.

Além de Claudinho, permanecem detidos Carmo Name Júnior, apontado como braço-direito do ex-parlamentar, e Cleiton Nonato Correia, empresário acusado de ser “laranja” no esquema e proprietário da GC Obras de Pavimentação Asfáltica Ltda, empresa que movimentou mais de R$ 24 milhões em contratos com a Prefeitura de Sidrolândia.

O juiz Albino Coimbra Neto, responsável pela audiência, fundamentou a manutenção da prisão preventiva com base no artigo 316 do Código de Processo Penal, que permite a detenção por até 90 dias, salvo nova deliberação judicial. “O custodiado deverá aguardar no regime fechado até nova revisão pelo juízo titular”, determinou.

A 4ª fase da Tromper aprofundou as investigações sobre um esquema de corrupção envolvendo contratos milionários com empresas de engenharia e pavimentação. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), foram reunidas provas robustas de pagamento de propinas a agentes públicos, além da prática de ocultação e dissimulação da origem ilícita de recursos desviados.

Apesar de operações anteriores e da adoção de medidas cautelares, o grupo continuou atuando de forma organizada, segundo o MPMS. A ofensiva contou com o apoio do Bope, Batalhão de Choque, Força Tática da Polícia Militar e assessoria militar do MP, reforçando a gravidade das suspeitas e a complexidade da rede de corrupção.

Com a manutenção das prisões preventivas, o caso segue em investigação, podendo novos desdobramentos e denúncias serem formalizados nas próximas semanas.

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Foto: Divulgação

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