CORRUPÇÃO

Claudinho Serra volta para o “hotel do Noroeste” e reacende escândalo milionário de corrupção em Sidrolândia

Mesmo monitorado há 14 meses, ex-vereador do PSDB é novamente preso na 4ª fase da Operação Tromper, que já soma R$ 20 milhões em desvios e segue desnudando a farra com dinheiro público

Velhos hábitos, novos desdobramentos. Pela segunda vez, o ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), volta a ocupar uma cela no já conhecido Centro de Triagem “Anísio Lima”, na saída para Três Lagoas. O local, apelidado nos bastidores políticos como o “resort dos corruptos”, abriga uma clientela conhecida: políticos, empresários e servidores públicos enredados em esquemas milionários.

Claudinho foi novamente detido no ultimo dia 5 de Junho , quando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) escancarou a 4ª fase da Operação Tromper. As investigações apontam que, mesmo após prisões anteriores e tornozeleira no tornozelo, o tucano não abandonou o comando do esquema que saqueou os cofres de Sidrolândia durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo.

Mas Claudinho não está sozinho nesse retorno ao noticiário policial. Também foram presos o empresário Cleiton Nonato Correia, da GC Obras, e o assessor Carmo Name Júnior — este último despachado diretamente ao Presídio de Trânsito. Todos estão no mesmo pacote de acusações: lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Esquema manteve o motor ligado

Segundo o Ministério Público, a organização não só resistiu às fases anteriores da Tromper como continuou operando com contratos milionários de obras públicas, licitações direcionadas e pagamento de propinas. O rombo estimado já bate na casa dos R$ 20 milhões — tudo sob a batuta de Claudinho e companhia.

Mesmo com tornozeleira eletrônica desde abril de 2024, quando foi preso pela primeira vez e liberado após 23 dias, o ex-vereador não escapou da nova ordem de prisão. A defesa alega surpresa e afirma que, durante os 14 meses monitorados, “não houve prática de novos crimes nem violação das medidas cautelares”.

Presídio de elite dos corruptos

O presídio onde Claudinho cumpre sua nova temporada também é endereço conhecido de outros envolvidos em escândalos de corrupção no Estado, como o ex-secretário adjunto da SED, Édio Antônio. No “Anísio Lima”, as regras são claras: visita apenas aos domingos, limite de dois visitantes e até dois quilos de mantimentos por semana — nada comparado ao padrão de vida no apartamento de luxo onde foi preso, no Jardim dos Estados.

A Operação Tromper já virou uma verdadeira maratona de fases — e as investigações continuam cavando. Com contratos públicos sob investigação e delações em andamento, o cerco aos integrantes da organização parece longe do fim.

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Foto: Decom/MPMS


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