SIDROLÂNDIA

Sidrolândia despenca no ranking de desenvolvimento da Firjan, mas se destaca na geração de emprego e renda

Município cai 14 posições em uma década, com baixos índices em saúde e educação; por outro lado, impulsionada pelo agronegócio e novos investimentos industriais, cidade atinge alto nível no setor econômico

Um levantamento divulgado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que avaliou os 5.550 municípios brasileiros, posicionou Sidrolândia na 2.013ª colocação no ranking nacional e no 43º lugar entre os municípios de Mato Grosso do Sul, conforme o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM).

O indicador, que avalia três dimensões – emprego e renda, educação e saúde – revelou um cenário de contrastes para Sidrolândia. Apesar de apresentar baixo nível de desenvolvimento nas áreas de saúde e educação, o município atingiu alto desenvolvimento econômico, destacando-se na geração de emprego e renda.

No recorte estadual, Sidrolândia perdeu 14 posições no ranking, caindo do 29º lugar, em 2013, para o 43º atualmente. O desempenho foi comprometido principalmente pelos baixos índices em saúde, onde ocupa a 53ª colocação, e em educação, com o 59º lugar. Enquanto isso, municípios vizinhos avançaram: Maracaju, por exemplo, subiu três posições, saindo da 17ª para a 14ª colocação.

Outros municípios sul-mato-grossenses impulsionados pelo agronegócio também apresentam desempenho superior ao de Sidrolândia, como Dourados (6º), São Gabriel do Oeste (8º) e Chapadão do Sul (5º).

Entretanto, Sidrolândia se destaca na dimensão de Emprego e Renda. O município saiu de um baixo desenvolvimento em 2013, quando ocupava a 25ª colocação estadual com índice de 0,7821, para um alto desenvolvimento, atingindo índice de 0,8973 e subindo para a 16ª posição, superando inclusive Maracaju, que hoje está em 17º lugar com 0,8951.

Essa evolução foi impulsionada por transformações econômicas importantes, como a instalação do Frigorífico Balbinos, a chegada de diversas cooperativas, entre elas a Alfa, que fomentou a suinocultura, e, mais recentemente, a instalação do complexo industrial da Inpasa, que investiu R$ 2,5 bilhões na cidade.

A expansão do agronegócio também foi decisiva: a área plantada de soja saltou de 142 mil hectares para mais de 275 mil, enquanto a cultura do milho aumentou de 134 mil para 181 mil hectares. Esse dinamismo econômico compensou parcialmente o impacto negativo do fechamento da usina Santa Olinda e de duas indústrias têxteis – Tip Top e Via Blumenau.

O IFDM, criado pela Firjan, é uma ferramenta que monitora o desenvolvimento socioeconômico dos municípios brasileiros, com indicadores que variam de 0 a 1. Valores superiores a 0,8 são considerados de alto desenvolvimento.

No panorama estadual, Campo Grande lidera o ranking, sendo o município de melhor desempenho com nota 0,9555 em Emprego e Renda, e o 197º no ranking nacional. Na sequência aparecem Bataguassu (0,8979), Três Lagoas (0,9231), Nova Andradina (0,9093), Chapadão do Sul (0,9340), Dourados (0,9725), Costa Rica (0,8766), São Gabriel do Oeste (0,9451), Paraíso das Águas (0,8784) e Inocência (0,8648).

O relatório da Firjan aponta ainda que 32,5% da população sul-mato-grossense vive em municípios classificados com alto desenvolvimento, enquanto 59,5% estão em cidades com desenvolvimento moderado. No total, 92,1% dos habitantes do estado residem em localidades com níveis positivos de desenvolvimento.

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Foto : Rafael Brites


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